quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Bullying!

Fala-se tanto em bullying ultimamente, que isso me fez recordar várias situações que aconteceram comigo em meus dias de escola e que se fossem hoje, renderia no mínimo um processo por descriminação... Acho que a primeira aconteceu no meu segundo período de escola, ou seja, devia ter uns 7 ou 8 anos. Eu era muito tímido quando era criança e até a minha adolescência. Um suposto médico foi à escola para examinar as crianças. Fazíamos uma fila, entravamos na sala e lá o médico (com a professora ao lado) mandava baixar a calça e a cueca. Não colocava a mão em nada, mas espera aí? Um médico fazer exames com uma professora ao lado? Eu fiquei tão mortificado de vergonha que saí da fila logo que descobri que tínhamos que mostrar o pinto. Mas não adiantou: tive que superar a vergonha e ir. Acho que o exame era só para ver os pintos das crianças... Para mim o suposto médico disse que eu tinha fimose. Tive que ir a outro médico, que me examinou e disse que não, eu não tinha fimose. E realmente não tinha! Uma situação que demonstra como uma criança pode ser vilipendiada, ainda que para seu bem.
Outra vez já foi no colegial. Todo mundo sabe como adolescente é palhaço e faz muitas bobeiras. Eu e alguns amigos riamos sem parar de algo que não lembro o que em uma aula de matemática. Mas a professora deve ter achado que estávamos rindo dela por que olhou na minha cara e disse: -Está rindo do que? Quem tem nariz vermelho de palhaço aqui não sou eu... Explico: sou muito branco e qualquer sol que eu pego sem protetor, faz meu nariz ficar muito vermelho, como provavelmente estava naquele dia. Engraçado que vários alunos estavam rindo, mas a vítima de sua fúria fui eu!
Em outra ocasião um professor me mandou calar a boca e eu revirei os olhos, tipo “ai que saco”, no que ele disse de imediato: “-Ui, a santa não gostou!”. Que humilhação... Ainda mais por que a classe inteira riu do jeito debochado dele, claramente rindo da minha sexualidade. Sexualidade que eu nem tinha naquela época...
Professores gostam de reclamar de salários baixos, das más condições de trabalho, da bagunça ou da falta de interesse dos alunos, mas são poucos os que escapam do ensino doutrinador e monótono. São poucos os professores que realmente ensinam: na verdade a maioria passa a matéria sem nem ao menos se importar. Não estou generalizando. Sempre bom explicar para alguém eu lê um texto e não sabe interpretar.
Os casos que relatei que aconteceram comigo podem parecer banais e nunca poderão ser comparados com a violência dos dias de hoje, quando qualquer motivo gera brigas e humilhações. Mas não deixaram de me marcar, tanto que lembro disso até hoje.
Esses foram alguns exemplos. Existiram outros, tanto de professores como de outros estudantes. Um dia os relato aqui...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Meu presente de natal!

Já escolhi meu presente de Natal: as camisetas transadissimas que a Ellus lança em 2011. As estampas são inspiradas nos Thundercats, um dos meus desenhos preferidos nos anos 80. O preço é salgado: entre $190 e $220! Mas como sou muito querido, admirado e requintado, sei que alguém há de presentear com pelo menos uma delas...(Confesso que amei a da Cheetara).

America's Next Top Model!


Hoje estava assistindo ao programa America’s Next Top Model. Durante a exibição, Tyra Banks recebe um modelo usando uma sunga e falando português. Português? Que estranho. Logo imaginei: Nossa, as finalistas do concurso vão para Portugal! Mas que nada! Elas viriam é para o Brasil! Foi aí que para completar o meu constrangimento, os jurados pegaram maracas para comemorar! Maracas? Elas não são tipicamente mexicanas? 
Infelizmente falta muita cultura no mundo. No Brasil até entendemos que a maioria da população não entenda de geografia ou de outras culturas. Afinal, a educação aqui no Brasil brasileiro sempre foi sucateada. Mas no país mais rico e poderoso do mundo, em um programa de tv, é estranho que não tenham feito nem uma pequena pesquisa sobre nosso país... Ou contratado um modelo que falasse o NOSSO português.
Mas não é nada demais. Ultimamente o Brasil participa até dos filmes catástrofe (2012), o que certamente coloca nosso humilde país na cultura de massa popular.
De qualquer forma, a gente faz muito isso aqui também, não é? Como se todo português fosse estúpido e dono de padaria. Como se todos os italianos fossem mafiosos e donos de casa de massas. Como se os japoneses tivessem pau pequeno e fossem feras em informática... Está na hora de revermos os clichês. Por que a gente na verdade só vê que são totalmente falsos quando são com a gente...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

...Para achar que Tom Hardy é o ator do momento!

*Fez o megasucesso A Origem com destaque.
*Está cotadissimo para um papel no aguardadissimo Batman 3 (ainda sem nome, são apenas rumores). Provavelmente fará o papel de Charada. Papel que foi de Jim Carrey em Batman Eternamente e elevou o ator a astro mundial.
*Tem toda cara de macho man, sem uma beleza óbvia que está faltando em Hollywood.
*Estará no novo Mad Max (Fury Road) no papel principal, que já foi de Mel Gibson no passado.
*Esta filmando This Means War ao lado de Reese Whiterspoon com direção de McG, reponsável por vários filmes de ação descerebrados, que fazem sucesso.
*Pode ser o novo astro de ação que muitos atores tentaram segurar (Vin Diesel, Ice Cube, Jason Statham, The Rock...) e não conseguiram. Veja a estampa do sujeito:

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

... Por que Vale Tudo foi a melhor novela brasileira de todos os tempos!

A reprise da novela Vale Tudo no canal por assinatura Viva (de segunda a sexta às 1:45 e 12:00 hs) foi tão festejada que me fez querer homenagear essa novela que fez parte da minha infância e marcou tanto as pessoas que até hoje é referência. Vamos aos motivos que fizeram dessa novela um marco:
  • As bebedeiras de Heleninha Roitman (Renata Sorrah) são clássicos no You Tube. A cena em que ela pede um mambo em uma boate da moda (na época) são maravilhosas. Apesar de personagens alcoólatras fazerem parte de várias novelas, nenhuma ficou marcada como Heleninha.
  • Maria de Fátima (Glória Pires)! Uma das melhores vilãs de todos os tempos. A única motivação que ela tinha era se dar bem... Não fazia vilanias por um amor, ou para conquistar alguém. Seu negócio é o status que o dinheiro pode dar. Foi capaz de vender a casa da mãe para poder se mudar para o Rio de Janeiro.
  • Ivan (Antonio Fagundes). Nem o suposto herói da novela era assim tão bonzinho. Casou com Heleninha por interesse e também queria se dar bem, mesmo sem usar certos meios que outros personagens usavam.
  • Raquel (Regina Duarte). Mulher de fibra que venceu na vida sendo honesta e justa.
  • O casal de lésbicas chics Cecília e Laís. Um dos primeiros casais gays “normais” em uma novela. Infelizmente, quando o público percebeu do que se tratava, mataram a Cecília em um acidente de carro.
  • Lilia Cabral fazendo Alaíde, um dos primeiros papéis de destaque dessa fabulosa atriz.
  • A abertura da novela ao som de “Brasil”, do Cazuza cantada na voz de Gal Costa enquanto fotos do país invadiam a tela.
  • A trilha sonora que casava perfeitamente com os personagens, como: “Pense e Dance” do Barão Vermelho para ilustrar as safadezas de Maria de Fátima e “Isso Aqui O Que É” na voz de Caetano Veloso como trilha da sofredora Raquel.
  • Cenas antológicas: Maria de Fátima rolando as escadas do Teatro Municipal para abortar o bebê que esperava; Raquel rasgando o vestido de noiva da filha; Solange (Lídia Brondi) estapeando Maria... E por aí vai...
  • Odete Roitman (Beatriz Segal): simplesmente a maior vilã de que já se teve noticia na ficção desse país. Capaz de envenenar maionese para destruir sua inimiga Raquel. Tão poderosa que parou o país inteiro que tentava acertar a famosa pergunta: “Quem matou Odete Roitman?”
  • A novela é um clássico e se eu fosse ficar aqui escrevendo sobre suas qualidades, ficaria por muito tempo...
 Foi exibida de 16 de maio de 1988 a 6 de janeiro de 1989, no horário das 20h da tv Globo. Foi escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basseres e dirigida por Denis Carvalho e Ricardo Waddington, com direção geral do primeiro. Contou com 204 capítulos.
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